quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Pezão é preso em operação da PF realizada no Rio, Niterói e outras cidades

Demorou, mas aconteceu. O governador Luiz Fernando Pezão foi preso na manhã desta quinta (28), no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governo a pedido da Procuradoria Geral da República. Alvo da Operação Boca de Lobo, da Polícia Federal, o governador é acusado, junto com assessores, de integrar a organização criminosa de Sérgio Cabral, que já está atrás das grades há dois anos. Pezão, segundo as investigações, daria suporte político aos demais membros da organização que estão abaixo dele na estrutura do poder público.
De acordo com a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, Pezão recebeu “valores vultosos, desviados dos cofres públicos e que foram objeto de posterior lavagem”. Há registros documentais, nos autos do inquérito que investiga o governador , do pagamento em espécie a Pezão de mais de R$ 25 milhões no período 2007 e 2015.  Em valores ,  corrigidos, o montante equivale a pouco mais de R$ 39 milhões.

Além de Pezão, também foram alvos da operação José Iran Peixoto Júnior, secretário de Obras; Affonso Henriques Monnerat Alves da Cruz, secretário de Governo; Luiz Carlos Vidal Barroso, servidor da secretaria da Casa Civil e Desenvolvimento Econômico, e Marcelo Santos Amorim, sobrinho do governador. Também estão entre os alvos Cláudio Fernandes Vidal, sócio da J.R.O Pavimentação; Luiz Alberto Gomes Gonçalves, sócio da J.R.O Pavimentação; Luis Fernando Craveiro de Amorim e César Augusto Craveiro de Amorim, ambos sócios da High Control.

No total são 30 mandados cumpridos pela Polícia Federal nas cidades do Rio de Janeiro, Piraí, Juiz de Fora, Volta Redonda e Niterói. Além das prisões, o ministro Felix Fischer, autorizou buscas e apreensões em endereços ligados a 11 pessoas físicas e jurídicas, bem como o sequestro de bens dos envolvidos até o valor de R$ 39,1 milhões.

De acordo com a PGR, a ação é mais uma uma operação decorrente dos desdobramentos da Lava Jato e resultados de petição apresentada pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, ao relator do caso do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Félix Fisher.

Com a prisão de Pezão, o vice, Francisco Dornelles, sim, ele mesmo, firme e forte, assume o governo do Estado. Pelo menos até o ministro Gilmar Mendes se manifestar. (com Agência Brasil)

Nenhum comentário:

Postar um comentário