terça-feira, 7 de agosto de 2018

Estudo e projeto que vão orientar recuperação do calçadão de Piratininga custarão mais de R$ 1 milhão

A Prefeitura de Niterói abriu licitação para contratação de empresa que vai elaborar os estudos para recuperação do calçadão de Piratininga, na Região Oceânica, que começou a ser destruído em 2011 pelas frequentes ressacas. A concorrência foi publicada no Diário Oficial deste sábado (4). A empresa vencedora vai avaliar a dinâmica e executar a modelagem da praia, elencando todas as possíveis alternativas para recuperação e estabilidade da estrutura.

Os estudos estão previstos para começar em outubro, após a licitação no dia 20 de setembro, e devem ser concluídos em nove meses, a contar de sua ordem de início. O objetivo do estudo é encontrar uma solução definitiva para o calçadão de Piratininga, que tem um histórico de destruição pela ação do mar. Todas as alternativas capazes de recuperar o calçadão serão consideradas e, a partir da ação escolhida, será elaborado um Projeto Básico de Engenharia para o local. Apenas com os estudos e o projeto básico serão gastos cerca de R$ 1,1 milhão.


Há dois anos, outro projeto havia sido apresentado


Divulgação/Prefeitura
Em abril de 2016, a prefeitura já havia apresentado projeto para revitalizar a orla e impedir outros desabamentos provocados pelo impacto das ondas do mar: um muro de contenção em formato de arquibancada, estruturado com pedras retiradas da escavação do Túnel Charitas-Cafubá. As obras estavam planejadas para começar em setembro daquele ano e deveriam durar oito meses. O projeto, na época, foi elaborado pela Empresa Municipal de Moradia, Urbanização e Saneamento (Emusa) e previa a construção da estrutura ao longo de 1,6 quilômetro, com cinco rampas de acesso. As obras estavam orçadas em mais de R$ 9 milhões.

Uma semana após o anúncio do projeto, uma nova ressaca voltou a castigar o calçadão, que foi destruído ainda mais pelas ondas. Dois quiosques precisaram ser interditados. Na ocasião, o presidente do Conselho Comunitário da Região Oceânica (Ccron), Gonzalo Pees, fez críticas ao projeto recém anunciado pela prefeitura. "O projeto apresentado dificilmente dará certo. Não faz sentido avançar ainda mais o calçadão. Entendemos que o necessário é recuar o atual paredão", disse em entrevista a um jornal carioca.

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