
A taxa extra de R$ 3 por encomenda destinada à Niterói e o restante da Região Metropolitana do Rio deixará de ser cobrada pelos Correios, a partir do dia 16 de novembro. O valor era praticado desde abril deste ano, para cobrir os gastos com segurança privada. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (22) pelo presidente da estatal, Carlos Roberto Fortner, após encontro com o secretário de Segurança do Rio, general Richard Nunes.
Os R$ 3 serviam para cobrir os custos adicionais decorrentes de vigilância e escolta armada, devido a frequentes assaltos a carteiros e roubos de cargas. Mas os índices caíram, passando a equivaler aos de 2012, o que motivou a suspensão da taxa. Segundo dados do ISP, de janeiro a setembro de 2018, comparado ao mesmo período de 2017, houve uma redução média nos roubos de 60%. Nas unidades dos Correios a queda foi de 50%, nos roubos a caminhões, 60%, e de 92% contra o carteiro a pé. Em números totais, foram 2.339 ocorrências contra os Correios nesse período no Rio em 2017 e 1.239 em 2018.
A taxa não poderia ser retirada de imediato, porque os Correios têm contratos com as empresas de segurança, que precisam ser rescindidos e pagas todas as garantias trabalhistas, incluindo aviso prévio. Por dia, segundo o presidente da estatal, eram pagos pelos usuários cerca de R$ 120 mil em taxas extras, referentes a 40 mil objetos, o que daria cerca de R$ 2 milhões por mês, bancados pelos clientes que usavam o sistema de entrega de pacotes.
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